As confissões  de  Duda
Sou Maria Eduarda, me apaixonei na adolescência, quando conheci Renato em uma festa de São João, na casa de uma amiga.
Eu era praticamente uma criança, tinha acabado de completar quinze anos.
Como toda adolescente sonhava com seu principe encantado.
Renato chamou a minha atenção  com seu sorriso largo, olhos verdes penetrantes, logo começamos á namorar, noivamos em seguida casamos, não posso deixar de dizer que ele foi o meu primeiro namorado.
Em seus braços me fiz mulher e conheci o amor na sua plenitude, em uma entrega total.
Nossos corpos entrelaçados, banhados de suor tinham a magia, o encantamento, a ousadia que só um grande amor é capaz.
O tempo foi passando, eu tinha certeza absoluta que ele era o homem da minha vida que ficariamos velhinhos juntos.
Até que um dia sem mais nem menos, ele chegou em casa dizendo que ia embora, porque tinha se apaixonado por uma colega do trabalho.
Vocês não tem noção do que senti, era como se um vendaval estivesse varrendo minha vida, minha vontade era de segurá-lo, de impedir que ele fosse embora á qualquer custo, me despi de todo orgulho, implorei para que ele ficasse, mas nada adiantou.
Acreditem foi o pior dia da minha existência.
Depois que ele saiu chorei muito, gritei bastante, pensei que ia morrer de tanta tristeza e solidão.
Demorou muito para cair a minha ficha, ainda estou juntando os meus pedaços, não está sendo nada fácil.
Mas hoje, resta apenas uma única certeza em minha vida.
Que ninguém é de ninguém.