des(a)r(ma).
De repente não se quer mais falar com ninguém
estar entre os normais loucos revolucionários
do bem do mal tranquilos ou conformados e
não sentir vontade de interagir ou de perguntar
qual é seu nome
tudo está no devido lugar é possível
compartilhar pelo silêncio
bocas caladas são mentes sábias acho difícil explicar
por vivenciar sentir sinto sentindo
cadê sentido tropeço tropeço caio nas palavras e na bagunça
de tudo que já não alimento mais
dói ou parece doer não sei é tudo em demasia que às vezes
pareço querer vomitar e a saliva seca fica cega branca
e com sabor de (in)desejos insanos são planos
os planos aqueles planos besteiras secretas ou segredos bobos
e sem tempo socorre trazendo trago ou traz de volta
necessidade sombria é o que consome consumo mas que baste agora
se acabe e que o caminho siga prossiga se perca e mantenha o rumo constante de transcendência e
vai e vai e vá
longe longe longe e só.