des(a)r(ma).

De repente não se quer mais falar com ninguém

estar entre os normais loucos revolucionários

do bem do mal tranquilos ou conformados e

não sentir vontade de interagir ou de perguntar

qual é seu nome

tudo está no devido lugar é possível

compartilhar pelo silêncio

bocas caladas são mentes sábias acho difícil explicar

por vivenciar sentir sinto sentindo

cadê sentido tropeço tropeço caio nas palavras e na bagunça

de tudo que já não alimento mais

dói ou parece doer não sei é tudo em demasia que às vezes

pareço querer vomitar e a saliva seca fica cega branca

e com sabor de (in)desejos insanos são planos

os planos aqueles planos besteiras secretas ou segredos bobos

e sem tempo socorre trazendo trago ou traz de volta

necessidade sombria é o que consome consumo mas que baste agora

se acabe e que o caminho siga prossiga se perca e mantenha o rumo constante de transcendência e

vai e vai e vá

longe longe longe e só.

Taie
Enviado por Taie em 18/02/2016
Código do texto: T5547857
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