O sonho da Humanidade

Nascemos e crescemos em meio a um pensamento muito pertinente, pois esse pensamento é sinal de nossa carência como criatura inteligente, e provida de curiosa sede de alcançar as realizações deste hoje o “futuro” nos ilumina por incompleta calma e rapidez. O futuro se faz na hora dos estudos, o futuro se faz nos encontros e desencontros de pessoas necessitadas de um “sonho” um sonho que toda a humanidade recorre com desespero e serenidade, porque, misturada com os desejos dos seres que se esforçam nas áreas normais do bom convívio, os homens deixaram de dar significado aos anseios do eu, do eu que acredita ter conhecido o profundo das causas, inquestionáveis ou desafiadas no quesito de lógica precária e não verossímil.

Hoje os homens estão andando numa viela de decepções e amarguras, amarguras essas que puxam de nós o anelo de todo o bem de nossa vida, pobre e carente do sobrenatural da ciência. Os homens namoram uma personalidade distante da beleza dos sonhos vazios de muitas certezas e incertezas. Mas disso que aludimos chamado pensar sobre o “agora” foi abandonado a muito tempo, antes dos foceis de dinossauros serem uma verdade erudita de acadêmicos ateus. O sonho da humanidade é a ciência endeusada e abastada de caminhos que abrigue o ego, os homens estão distantes de uma porta que vos faça escapar dum incêndio de bárbaros atrozes, mas com estudo para nos zombar na cara, somos homens e mulheres que choram o tempo todo sem saber o gosto das próprias lágrimas. O amor foi rejeitado não pelos sacerdotes mergulhados nas suas trevas íntimas, mas pelos anjos que andam sobre essa terra e sabem, provaram do gosto orvalhado do perdão, não dado por si ao seu próximo, e sim mendigado na boca dos animais irracionais, e doloridos pela doutrina do mesmo eu, e do mesmo espírito que veio do vazio de um oceano sem vida, eles e nós somos salgados de morte.

O nosso interior é grande e sem sombra de dúvida as pessoas tem medo de explorar suas florestas animalescas, selvagens no pensar de seres sem pecado, e cheios de instinto da alma liberta, corremos rumo ao destino dos mesmos erros da nossa poética felicidade. Os sonhos onde ficam? Os sonhos morrem? Os sonhos são calados, apagados? Deixamos de buscar as glórias da emoção, deixamos de buscar os troféus da incorrupta música do nosso cosmo tão infinito e superior as estrelas. Estamos sonhando uma realidade mentirosa, porque, o que é a realidade que meu amigo desconhece e eu grito ao nada? O amor deixou os corações das criaturas que se acostumaram a vergonha de confessos escravos, alegres, mas melancólicos, sonhadores, mas frustrados, libertos, mas amantes das algemas da indecisão. O amor é tudo menos um deus Grego.

Sinceramente eu estou fraco diz o pai de família, honestamente eu desisto diz a mãe para a filhinha, meu sonho é voar de mim mesmo, e fazer das minhas frustrações um país de primeiro mundo do perfeito caráter. Os sonhos estão na humanidade e crescem com mansidão, com beleza, de uma flor do campo. Minha alma é livre para poder realizar um milagre legitimo, menos divino. Eu estou em espera sedenta de água dos rios da natureza que matará minhas desesperanças, pois os homens o que querem? Meu Deus, o que queremos? Nada nos adianta perguntar aos homens sábios da mística terra dos deuses mortos! Estamos acreditando demais em nós mesmos, estamos fugindo da simplicidade da época favorável para a bondade espontânea, onde foi o japonês se esconder diante da bomba atômica? Aqui em nossa consciência de criminosos da flagelada alma, isso somos, e nisto padecemos sempre! Pois o amor esconde delicias aos egoístas.

Nosso desejo é sermos heróis, heróis das crianças, heróis das donzelas apaixonadas, heróis de nós mesmos. Porque os homens trabalham em meio a precárias condições de valor, nossa consciência é de criaturas perdidas entre multidões de um forte pesar. Foi tudo para o espaço, estamos namorando nossa imagem fragmentada nos espelhos, nossa condição de filhos de Deus? Sim, onde está? No prato dos famintos? Na mesa dos ricos? Nas mãos de um mendigo? Estamos sonhando com mesmices de loucos a orar por mais guerras. O sonho dos homens é conhecer seu planeta Marte com habitantes a regalarem orgias e devassas politicagens de grandes bandidos da própria moral esquecida. O sonho dos homens explode constantemente num universo sempre mudado, e aperfeiçoado, será pela nossa imaginação? Pobres crianças que vem em nós, velhos feios, a beberem uma cachaça de memorias não vividas, e pouco contada. Estamos tristes, mas as decepções sessarão e um horizonte de respostas nos serão dadas em breve. E por mais que o ridículo reine nestas palavras, tenho fé, que escrevi em pensares de menino que acredita num sorriso. O amor está deixando suas marcas na história do mundo, e esse mesmo amor fala aos corações vazios, de um carinho de quem não largou a boa educação dos genitores, que foram sempre atenciosos com o nosso existir.

Tudo faz parte de uma carência humana, e andamos em círculos e tropeçamos nos pregos esquecidos, tropeçamos nos buracos de nossa infrutífera delicadeza, mesmo sabendo que há esperança para o futuro nunca tardio, nossa assombrosa frenesie esbarra nos atoleiros de lama podre chamado nosso “pecaminoso ego” e o que é isso que tanto clama desde os quatro ventos? Acima dos cristalinos céus? É nós mesmos? É a nossa humanidade orgulhosa que oferece o pão, mas quer o trigo, trigo esse que fomos nós mesmos que trabalhamos para nos ser cobrado, por miséria quantia deste esforço filosófico. Os homens estão caminhando rumo ao futuro imediata e prático, eles se vangloriam das conquistas afãs, e não sabem o perigo que mora na beleza, estamos mesmo vivos entres tantos vultos imortais? O que é o amor senão uma entrega cega digna de recusar um abraço, por timidez que seja? Por medo seremos uns assassinos da honra. E por pensar nisto os sonhos dos homens estão florescendo um sinal, um sinal de um possível “ser” que virá morar em todos, pois este “ser” se chama “solidão” e ela não é um fragmento de uma ideia introspectiva, é palpável, e é tão viva que o sangue nas suas veias forma um oceano de desesperados por significado na vida, um oceano que naufragou muitas naus despreparadas, pois a corrente deste oceano nos leva aos rochedos dos desamores.

Os sonhos nascem e com eles a vida se forma, queria poder dizer a verdade pela verdade, mas me falta o sopro que faz elevar-me ao respirar dos gênios moribundos. Os mesmos gênios que falaram tudo, aos poucos, e esconderam tudo por vaidade talvez. Esses mesmos sonhos estão entre nós no escovar os dentes, no tomar um banho, no vestir uma roupa confortável, no ato de perfuma-se, queria os homens conhecerem Marte, mas, porque, a lua deixou de vislumbrar as mentes?

O perigo da loucura das massas invade os continentes, e as doenças crescem rapidamente sobre os menos afortunados, tenhamos pressa em nos privar dos remédios da ignorância, pois a ciência é obra de Deus. E Deus sabe que não estamos preparados para tocar as chaves da sabedoria de confessos mistérios, cabe a natureza se vingar dessas verdades que desprezamos, cabe as crianças os estudos posteriores de nossas mazelas, cabe aos seres o respeito pela beleza da criação, somos entes sagrados a espera de um milagre urgente, não nos enganemos de nós mesmos, por favor, mas queiramos não estrangular os sonhos numa corda de violência. Violência essa que passa dançando por nossos olhos de cobiça e luxúria, deixemos os vazios falarem sós, deixemos os homens se gladiarem? Basta de drogas nas escolas da existência! Basta de sonhos ruminados pelos demônios! Basta de segredos das atrocidades não julgadas! Basta de matanças de inocentes! Basta de medos do futuro que podemos tornar pacifico. Alcancemos as glórias do Céu de nossa condição eterna, e nada em si, e por si, valerá mais sacrificar num holocausto de cheiro covarde e triste que Deus não aceita, e nem a nossa natureza reconhece como nobre.