A VIDA É BELA

Eu estava na praça ia ler a Bíblia como de costume, um hábito que estou cultivando. A igreja católica estava com os mesmos fiéis conhecidos a rezar o terço. Minha Redenção é uma cidade mística. Bom voltando ao meu refletir, no banco da praça olhando as crianças brincando no pula -pula, os namorados se amando com gracejos de jovens. Eu vi ele a aproximar-se com tristeza de um solitário mendigo bêbado, e com semblante triste, sujo e meu Deus, o que foi aquilo? O que sou em mim mesmo? Meu Jesus bêbado, meu Jesus irmão estava com fome, meu querido Jesus estava sujo, e ninguém o viu a buscar uma atenção na sua casa e na praça desta sua solidão...

Eu sou um hipócrita, sou um miserável homem de fantasias nuas de beleza. Meu irmão estava sem um calor de abraço, meu querido irmão Jesus estava vagando com fome de carinho e afago. E também a fome de sobreviver em meio a uma situação em que a vida é bela. Para os egoístas semelhante a mim. Estou vazio de Deus. Estamos carentes de um messias que nos busca nas situações de mísera ilusão criada por nós mesmos, em aparente conforto de paz, em conforto de um olhar de misericórdia esse meu mendigo morre de prazeres das nossas trevas.

Jesus volta... Volta Jesus! Eu sou pobre como o senhor, tenho tão pouco em meus bolsos e procuro um amigo. Você meu querido ser humano desvalido pela pobreza da alma. Eu senti constrangimento por estes sentimentos mesquinhos que me assolam, eu senti vergonha com minha pura covardia de homem imaturo, pois Jesus foi embora sem eu lhe ter dito “te amo”. Meu coração anseia voltar a mesma praça amanhã, e procurar pelo meu irmão Jesus, meu amado Deus que vaga nas praças dos felizes desta vida? Pobre que sou, pobre menino a sonhar apenas, mas eu tenho fé que a compaixão existe neste vale de seres intransponíveis. Tenho esperança que a vida seja bela..., e ela não se repete para os incautos.

Na praça, e na igreja, o padre não celebrava a missa, mas a ave Maria consolava as emanações do celestial culto de um ambiente sagrado de nós, santos a serem aceitos pela humanidade de bebês. Eu te amo Maria, Virgem Maria dos mendigos da razão, pobres de sentimentos não explicáveis. Tanto importa escrever poemas, o pão é e deve ser sólido.

Ele buscava paz, o pobre Jesus buscava paz, onde está a paz meus irmãos?

Ela não está em mim, não está no meu próximo pois nos falta verdade genuína de anjos eleitos do Pai. As pessoas passam, o tempo corre cegamente, a morte nos alcança com traição dos infernos, tenho medo de minhas covardias de cristão frio e que nesta vida as almas são pérolas de valor raríssimo. Tenha fé meu Jesus o prato de comida virá apressadamente, porque minha imaginação e meus desejos exercem verdadeira angústia no cérebro. Minha cabeça doe, minha vida precisa mudar, minhas mãos querem acariciar as rosas de um adeus, adeus esse que foi batizado por axiomas da poesia chamada, Cristo. Meu querido jesus o senhor tem fome?! Jesus que passa na praça das misérias do pó eu esqueci a essência do amor, me ajuda nesta filosofia da ação que não morrerá jamais.

Estou feliz, pois sei que a vida é bela? Estou triste, porque jamais verei a luz do Paraíso? O céu é o lugar dos misericordiosos, que vendo Jesus não tem medo de beijar o solo destes mesmos seres que lhe roubam o nome. Vá Jesus, eu te esperarei sempre. E ao ler a Bíblia na praça da matriz os mesmos Jesus me verão neste dia de um sorriso de cuidar dos irmãos que nos leem, evangelhos vivos. Amém.