Agradeço, por ter me dado a capacidade de reinventar a realidade oca através dos símbolos. Apenas ela, essa minha capacidade, que para muitos pode parecer mero escapismo ou alienação... - Que o seja! - tenha o nome que tiver, apenas ela é que me tem salvado da loucura efetiva; apenas ela, esta minha capacidade de preencher o oco do real com os símbolos, me tem permitido continuar viva e 'funcionando' dentro do possível de 'funcionamento'. Apenas ela, em suma. O mais, é 'quase' só linguagem, se é que me faço entender, de algum modo. Quase só linguagem, ainda bem que não apenas... Não apenas linguagem... tu sabes... tu sabes... Abraço grande, amigos.







Nota. Falei  há pouco com meu amigo que faz aniversário hoje e as dores de existir, dores tão reais, dores tão pouco metafísicas, estão tão fortes nele que aguçaram as minhas... Ele não tem qualquer responsabilidade por tal  consequência em mim, claro. Ainda bem que vi  já três flores na paineira em frente à janela desta sala, três flores na sua, dela, paineira, em primavera que tem o ápice no outono.
Ave, amigo meu, ave! Como quisera ver em ti e em nós  algum  velho sorriso dos velhos tempos... Como o quisera! Seja como for, hoje te ofereci pequenas rosas amarelas, as rosas da cor que preferes. Quem sabe quando a vires, te causem algum pequenino e  breve prazer... Esboçarei então, aqui, um sorriso,  mesmo pálido.