Sorte (quase) Imperceptível
Considero-me sortuda.
Conheço pessoas que podem afirmar coisas como: “ganho quase todas as rifas que compro”, “acho dinheiro sempre na rua”, “quando chego na fila abrem um novo caixa” e etc, mas não é esse tipo de sorte que tenho, a minha é mais sutil e poderosa.
Até pouco tempo atrás quando as pessoas diziam “você que faz a sua sorte” acreditava ser uma grande bobagem, porque como vamos controlar algo tão intangível quanto à sorte? Parte da sorte que temos realmente não podemos controlar, mas a mais poderosa podemos sim. Percebi isso quando me dei conta de toda sorte que tenho e como luto para continuar com ela.
Adoro meu emprego, realmente gosto do que faço e acordo feliz de segunda a sexta sabendo da minha rotina.
Amo minha família, o apoio e as brincadeiras que apenas existem ali e aquecem sempre meu coração.
Amo meus amigos, o convívio, o apoio, as risadas, amo tudo isso.
Amo minha vida, amo acordar todos os dias e ter saúde para buscar a minha felicidade.
Você deve estar se perguntando: “e tem a ver com sorte?”, afirmo que sim.
Uma sorte criada por mim e para mim.
O emprego que tenho hoje foi graças às lutas, paciência, dedicação e empenho que tive em vários outros empregos, pois mesmo sem saber me preparam para me orgulhar do meu trabalho hoje. Sim, orgulho do meu “trabalho” e não de ter um “emprego”.
Minha família exigiu de mim dedicação e paciência em uma época que eu não tinha, foi difícil me adequar a tudo, mas consegui.
Houve uma época em que me distanciei dos amigos, foi difícil e tive de batalhar muito para conseguir me reaproximar e poder voltar a dizer “meus amigos”.
Seja algo adquirido ou resgatado de outros tempos, tive de lutar e foi com esforço, dedicação e carinho que conquistei tudo isso hoje. Houve as oportunidades e experiências e tive a maturidade de aceitar e crescer com as boas e ruins.
Eu criei minha sorte, batalhando todos os dias por cada aspecto que eu considerava importante para a minha felicidade, e luto incessantemente pra mantê-la todos os dias.
Você deveria fazer o mesmo porque, sinceramente, foi a melhor escolha que eu poderia ter feito.