INTREPIDEZ
Possui a intrepidez das águas furiosas
Ela toda é uma torrente de rios lóticos
O brado de suas palavras são como as correntezas
Que se ouvem ao longe e impressionam pela força
A fluidez de seu curso segue mudando a paisagem
Revira tudo que tem à sua frente
Transpõe as pedras que insistem imóveis à sua turbulência
A vivacidade que se ver no rio
Faz lembrar os pensamentos dessa mulher
A rapidez com que conclui os fatos
A voracidade de seus argumentos
Se aturdiam em águas nebulosas, o que causa grande confusão
São como um leito em ebulição que revolve todo tipo de resíduo
É lugar turvo, de lama remexida, são águas perigosas
As conclusões e os argumentos nascidos de fontes barrentas
Serão como mananciais contaminados por choros, lagrimas e prantos
Substâncias liquidas do que somos feitos, nada é sólido
“Nesse planeta que chamamos de Terra”
Em que vivemos em tempos líquidos, nada dura para sempre
E nos aventuramos em amores líquidos, lânguidos
Elétricos e eletrizantes à velocidade da luz
Conectados via Facebook, que desconectam mais rápido ainda
Basta puxar a tomada
Afluentes de um rio sem confluências, somos antes piscinas
Em um momento que parecemos cheios,
Basta puxar a válvula. (Baseado em Zygmunt Bauman).