Quem me sorriu

Abriu-me o sorriso. Abriu-me a mente. Donde surgem esses brancos dentes, há quem saiba amar. Num simples esboço de felicidade, tímido e ainda sem jeito, vislumbrei a perfeita harmonia do sou, do serei e do seremos.

Costumo dizer que existem três diferentes tipos de amor: o que sentimos pelas coisas que não possuímos, este que mantemos pelas coisas que já conquistamos e aquele que compartilhamos com quem amamos.

Quem me sorriu sabia. Estou certo de que sabia. Amava quem deseja vir a ser. Amava quem é. Amava com quem é e poderia vir a ser. Quem me sorriu gosta do que pensa, gosta do fala, gosta do faz. Quem me sorriu sabe viver, e vive bem.

Só sorri assim quem pode. É do nada, é sozinho, é sem motivo algum. Começa devagar, apressa-se e em instantes preenche a boca. É elã vital, é potência de agir, é tesão. Alegria sem limites, satisfação.

Agradeço-o, porque você que me sorriu, só riu.