Moldura antiga...

Orquídeas, orvalhos, almíscar, numa campo iluminado, tocando uma canção que de tão serena nos toca o coração, levantando nossa alma, nos deixando livres para trilhar o caminho que nos foi concedido.

Videiras carregadas, pequenos animais da floresta, borboletas voando por todo o campo, e aquele cheiro inconfundível de Terra molhada no fim do dia.

Grama verde, refletindo em seu lindo olhar, cintilante, pintado com flores do campo, e preenchidas como uma moldura antiga, que ainda traz o seu retrato.

Na ponta das rochas, vemos o barulho das ondas batendo, e o eco de nossas vozes, nas cavernas que ali foram abertas, a luz do horizonte, sempre presente.

O azul daquele mar, se confundindo com o verde de seus olhos, contemplo esse momento, como o único momento a ser vivido, a ser registrado, resgatado por nossa memória.

Vaidades, imagens, ali não existe lugar para nada além, do clima ameno do dia, do calor que nos inspira a natureza, e eu, e você.

Convertendo a luxuria dos meus pensamentos em bondade, em um toque doce no fim daquele eterno dia.

Deixamos nosso corpo cair em meio as flores que nos cercam, e sentimos o doce cheiro de algodão, quando fechamos nossos olhos, em mais um dia...

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 28/04/2016
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