Brinquedo nas mãos do destino

Recrudescer a mágoa, sofrer a dor que faz sucumbir o ânimo de viver.

Por que tem de ser assim?

Por que a alma sofre a amargura sem trégua, uma após outra, neste mundo cruel?

E não adianta... sempre uma tortura silenciosa fazendo medo.

Um túmulo real - onde ninguém ouve nada... nem soluços, nem lamentos nem o sofrimento incrustado, feito de silêncio profundo: é proibido falar!

E pior, o mais incrível: ainda há vida... vida para os olhos, para o coração, para a alma!

Há a respiração que não pára.

Tudo foge, porém... esperanças, sonhos, significados.

Quantas vezes a mesma desventura, enquanto se fica à espera do que não virá?

(...Sim... um brinquedo nas mãos do destino,

um coração que morre vivo e sem sonhos.)

Mas... Não!!!

Ainda há uma afeição!

O que dizer, o que pensar, como reagir enfim, quando o coração é tocado tão profundamente pela afeição, em um tempo de carência, de descrença, de abandono, de desamparo, de solidão?

É... parece mesmo que nas mãos do destino nada se é além de um brinquedo qualquer.

lilu
Enviado por lilu em 12/07/2007
Reeditado em 01/08/2007
Código do texto: T561933