Mano:João Alexandre[Falecido em 13/05/2016]

Quantas foram as vezes que desejei fazer,

da minha abóbora uma carruagem.

Ser a dona daquele sapatinho de cristal;

Passear por aí naquele tapete mágico,

ter um gênio só pra mim.

Maçã,"Não" nunca gostei,prefiro bananas.

Já tive cachinhos,não tão dourados diga se de passagem,

meu pratinho era de lata,embalagem da goiabada que alguém comeu.

Me chamam de Preta ou Chita,apelido me dado pelo,

velho "FLô" meu amado pai.

Sempre fui íntima da "Branca" mesmo sendo eu a "Preta".

Quis dançar na chuva com Gene Kelly,aprender sapateado,mesmo

sendo eu a quase noviça que voava.

Apaixonei me por Roni Von,Brat Pet,entre outros...

Caminhei pelos jardins de Claude Monet,

roubei um girassol da jarra de Van Gogh,

Cantei andando devagar com Almir Sati.

Fui a "Baleia" das minhas vidas secas.

Criei pontes entre imaginário e real;

de sapos a príncipes;

de bruxas a rainha e;

só hoje desejei ser a fada madrinha,

te la aqui neste meu mundo real,

fazer valer a varinha de condão;

direciona la e te salvar João.

Silene Alexandre de Souza
Enviado por Silene Alexandre de Souza em 17/05/2016
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