A Carta Ressacada

Dez e meia (!), acordo com uma puta ressaca, sim, resquício da farra. Para resolver, antes tomava uma coca -cola, agora limão não falta aqui em casa. Gente, muita União nessa hora (risos).

Porra! Depois de uma noite boa, sem dúvida foi, queria ter dormido um pouco mais. Seria mínima a recompensa, me esfregar por mais um momento entre meus lençóis. O antidoto perfeito para esquecer ou ao menos apaziguar aquilo que insiste em me ofender.

Como a menor, costumo assentar-me a mesa. Essa posição me agrada. Existem outras, claro! Nem sei porque lembrei disso agora, porém, neste momento não vem ao caso.

Dizem que os planos de deus não podem ser frustrados, logo, frustram-se os meus. Mas, pérai (?) que conste nos autos - desde o inicio este não era o meu.

O laço que enfeita, alguém tinha que sacar a carteira e pagar o preço, do contrário seria um mediocre ladrão.

Como um servo covarde, me vi por vezes repetindo o dito que embora a blasfêmia espero não engrandecer: "por que eu?"

O mundo esta uma loucura, aqui na terra dos Tupiniquins uma balburdia. É, não esta fácil pra ninguém levar a vida, menos ainda o crono de suas esperas... Outro dia a ponto de enlouquecer, até chorar, chorei.

A carta ressacada. O laço não desata e como Jó, sigo lamentando minhas chagas.

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 26/05/2016
Reeditado em 26/05/2016
Código do texto: T5647493
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