Reconheci que ERREI !!!!

De amores perdidos...

Uma nau sem rumo...

O mar espreita o desejo...

Em ondas se perde o ensejo.

 

Onde me encontrar?

Nesse turbilhão d’água...

Nadar?

 Não sei...

Nas correntes do amor.

 

Amores que se perdem na dor...

Do afogar sem salva-vidas...

De uma vida sem sentido...

De amores não correspondidos.

 

Tudo...

Tudo no plural...

De um pluralismo insano...

De tudo querer e nada ter.

 

Ah!!! Incontestavelmente...

O amor é uma barganha...

Onde sempre um perde...

E o outro ganha.

 

Barganha injusta...

Aceita por nos mesmos...

Que esquecemos o amor...

E satisfazemos nossos desejos.

 

Dirás-me:

Versos loucos os teus...

Loucos???

Respondo-te:

São os amores...

Que eu queria cativos meus.

 

Que hipocrisia da minha parte...

Exigir sempre um amor que não dei...

Pois não tinha referencial;

A beleza imperava em primeiro lugar.

Por isso minha nau...

Nunca chegou a “final

 

Segundo lugar sempre!!!!

 

Amor não se compra...

Amor não se exige...

Amor conquista-se...

Lentamente...

Em um alvo ...

Alvo que sempre mirei...

Mas nunca o acertei...

Por nunca tê-lo como meu...

Perdi-me no seu.

Por tantos tiros a esmo que dei.

 

Chega o dia que tem de se dar...

O braço a torcer...

Cumprimentar a amiga solidão...

E dizê-la:

Amiga fui eu quem a escolheu.

Que vivamos tu e eu...

Felizes para sempre.

 

 

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