A Trevessia
As mãos que apalpam os dias empoeirados do passado
Escorrem de meu rosto umedecido as divergentes lágrimas
Escondendo-se em meio às folhas secas do outono
Num corpo que lentamente absorve a paisagem!
Conduzido pelo som vindo do vento pelas árvores secas...
O frio vai se desfazendo soprando a fora uma melodia...
Um cantor no tumulto infinito das almas afina seu violino
E Transforma em poeira os desesperos e as calamidades...
O cheiro de terra é revigorante e cheio de inédita saudade...
Uma brisa doce me eleva nas alturas com asas e pranto
E como uma pluma meu espírito deslumbra fascinado
Pairando sobre as cabeças ensanguentadas dos perdidos!