Acadernar-me-ia

Eram tantas informações, preceitos conceitos, palavras, sujeitos que nesta vala da trajetória esqueci de sentir. Vivi como que numa penumbra seguindo as abstrações moldadas, discritas que nada fazem com os seres alem de jogar-lhes ao léu.

Naquele turbulento jorro tentava apoiar no que talvez estivesse restando-me mas sem saber ao certo o que se passava. Só me apercebi daquilo que estava vivendo quando me recolhi. Depois de tantos erros...

Quem foi que cometeu-os?

Que fiz?

Que foi que fiz?

Nem vi.

Não senti.

O sentir me faltava e então ...

Então mais nada. Me desembestei como um animal em fúria pelos caminhos que se foram traçando.

E agora o sentir retorna como cela e manto. Relembrando o meu passado, relembrando a minha alma, relembrando as minhas antigas marcas, relembrando os erros crivados, me relembrando de mim.

Lucas Viana
Enviado por Lucas Viana em 04/07/2016
Reeditado em 04/07/2016
Código do texto: T5686765
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