Um Deus que chora.

Jesus chorou.(João 11:35). Este versículo faz parte da passagem que relata a ressurreição de Lázaro. É um dos mais curto e sucinto versículo da Bíblia. Mas nos ensina algo de grande sobre Jesus Cristo. Exitem várias visões teológicas do porquê do choro de Jesus algumas tem fundamentos outras nem tanto, mas eu fico com aquela que mostra a humanidade de Jesus.

E aqui vemos a grandeza de Jesus ele se entristeceu como as pessoas se entristecem; e que ao olhar para aquele grupo de pessoas mergulhadas em um mar de agonias, compara-os ao corpo de Lázaro, em decomposição, no sepulcro, e então repentinamente, foi avassalado por um súbito senso de tristeza e de desespero humano, viu-se fazer parte dos corações humanos partidos, dos sonhos humanos despedaçados, do sofrimento e das dores que a escravidão do pecado promovem na raça humana. Aqui vemos umas das vezes que se afirma a profecia: Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. (Isa 53:4). A palavra no grego para chorou aqui é: “δακρυω dakruo”, que significa chorar silenciosamente. É um vocábulo diferente daquele usado no vs. 31 deste mesmo capítulo onde se usa a palavra: “κλαιω klaio”, que indica: Lamentar-se chorar em voz alta; tal distinção de sentido, no entanto, nem sempre é observada quando lemos o evangelho. Esta distinção se faz necessária para que entendamos que Jesus sentiu o que nos sentimos, mas de uma maneira onde o desespero não fez morada, mas sim a compaixão e a doce misericórdia moveu o seu coração em direção do milagre.

Isso nos ensina duas coisas lindas:

– Primeira; para que possamos ajudar a alguém ou para mudar uma situação e preciso esvaziar-nos de nos mesmos. Precisamos deixar de lado os nossos eitos, preceitos e preconceitos, e dar lugar a compaixão e ao amor misericordioso que advém do Espirito Santo.

– Segundo; quão lindo é ver que Jesus sendo a segunda pessoa da trindade divina veio a este mundo e esvaziou-se de si mesmo e não teve medo de sentir o que sentimos, e fazendo isso nos ensinou, que podemos sentir tudo, mas de uma maneira sábia e melhor.

E por fim Que tremenda prova temos aqui da verdadeira humanidade de Jesus, de seu amor condescendente e de suas ternas simpatias! Quão perto Ele está de nós, e como Ele entende e compreende as nossas lágrimas, e de todos os lamentos que vivemos. Ah! Quão maravilhoso, natural, amável e atrativo é um Salvador que chora, um Deus que ama e se comove com os seus, do que um estoico ou um materialista frio, sem coração e sem sentimentos! E, é para este mundo onde o amor impera onde o sentir se transforma em atos de misericórdia amorosa gerando vida e vida em abundância que Jesus nos convida neste lindo dia que se iniciou. Bom dia!

(Molivars).