05 de julho de 2013 - 2016

Há 3 anos, eu lembro-me que, estava fadado a uma paixão tão flamejante. Em minha vaga memória, aquele dia 05 de julho de 2013, meu corpo estava em ectáse. Tudo que queria era gritar por um amor, um certo alguém que atingia com uma flecha. Parecia um dia comum...

Enquanto eu chorava com minhas tentativas fracassadas, pedradas eram ouvidas de todos os lados, como se fosse um bombardeio diante de um rouxinol que queria apenas amar. Não sabia mais o que fazer ali. Meus pulsos sangravam minhas veias de dor. Meu mundo caiu quando soube que tinha um outro alguém.

Os anos foram passando, e esse fatídigo dia continuou me perseguindo. Mesmo estando em outros horizontes e levado por novos ventos. Aquelas gotas caindo em meu rosto tornam-me tão impotente. Era uma tortura mental. Perguntava-me: "será que um dia vou tratar esse dia como normal?". Aos poucos, as cicatrizes foram descendo e sumindo por dentro da alma e apenas deixando uma marca.

Três anos se passaram e, hoje, posso dizer que estou em outros ares e sentindo-me tão pleno. Uma outra realidade. Se choro, é de emoção. Eu estou amadurecido. Contudo, como ainda continuo escrevendo como isso? Simples. A escrita é libertadora. Minha carta de alforria. Foi a forma mais completa de dizer: "adeus". Podia estar sofrendo, pois passei por um mesmo problema há pouco tempo, mas por que chorar se estou inteiro? Essa a minha liberdade.

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 05/07/2016
Código do texto: T5688265
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