Angústia, sua difícil descrição.

Dor no peito, um sufoco. Parece estar cheio, ao mesmo tempo vazio... Está tudo formigando, chego até a arrepiar...

Ponho a mão para apertar, com intuito de parar... As lágrimas não aliviam, dou um berro pra liberar; porém a angústia não tem fim, ela deu fruto no meu jardim. A angústia não mata as flores, porém as corta com tesouras. A angústia trás saudade, daqueles que moram no coração, mas recusaram minha existência. Ela reforça a solidão que vivo nessa dimensão. A dor não tem origem, o afeto é a fonte... Sinto a dor subindo pelo braço e alcançando o coração. É uma mistura de decepção com bastante solidão. Falo a mim que no futuro colocarei limites para não ficar angustiada. Mas que diferença fará?! Pessoas limitadas estão constantemente se colocando em risco à infelicidade e insatisfação. Melhor ir de cabeça e não viver na escuridão.

Flores brotando, flechadas chegando... O peito está oco. O pensamento está louco. Sem sentido pra sentir, socorro, acho que vou implodir.