Ainda lembro como se fosse hoje.

Do meu primeiro beijo dado.

Cismei com o meu hálito e antes de ir ao encontro.

Entrei no primeiro bar que avistei, por azar só tinha aquelas danadas, balas que deixa a língua roxa.

Seguindo o ditado, que se não tem tu, vai tu mesmo.

Comprei e chupei as.

Como era noite e na noite todos os gatos são pardos.

Cheguei a casa dela e a primeira coisa que fiz, foi lhe sapecar um beijo.

Observação, ela beijava de olhos fechados.

A!

Mas quando ela abriu os olhos.

Detalhe, estávamos na varanda, que era toda iluminada.

E quando a moça viu minha língua toda roxa, saiu gritando chamando. Mãe.

Entendendo que fora por causa do beijo.

Fui saindo de fininho, para não correr.

vai que alguém gritasse.

Pega o tarado.

Caldo de galinha e precaução, não faz mau a ninguém.

No dia seguinte, foi que vim a saber.

A moça gritou a Mãe, para vir ver como o amor, deixa a língua roxa.

Ri muito do acaso e por conta disso nos beijamos muito, para ver se a língua dela ficava roxa.

Olha, que a dela não ficou, mas a minha de tanto se aproveitar e sem balas já queria se roxear.

Não nos casamos, por que a família teve que se mudar para bem longe.

E quando me vem a boca, um sorriso irônico.

E por que me lembro, como se fosse hoje.

Tracajá

Tracaja
Enviado por Tracaja em 19/07/2016
Código do texto: T5702782
Classificação de conteúdo: seguro