Depois...

Foram amigos. Dos melhores que há. Almas gêmeas, diria alguém.

Um deles adoeceu. O outro, condoído, fez-se presença constante, animando, consolando, contando causos para distrair, aplicando medicamentos, acompanhando exames, tratamentos, orando e dando forças.

Passaram-se meses. A doença avançava célere, cumprindo a prescrição médica.

Finalmente a despedida. Triste, dolorida, frustrante.

Continuam as orações. Saudades. Lamentos. Lembranças.

O outro adoece. Aliás... adoece mais, pois já estava enfraquecido e entregou-se ao desânimo, piorando dia-a-dia. Chegava a dizer para os que o cercavam: " - Meu amigo está me chamando. Acho que vou aceitar o convite. Estou com tanta saudade..."

Finalmente o desfecho: Fim. Ou seria um novo começo???

O primeiro aguardava-o, solícitamente, recebendo-o com redobrado carinho e satisfação.

No reencontro, ambos se abraçam demoradamente e, juntos como outrora, seguiram sorrindo, rumo ao novo horizonte, cheio de luz e esperança.