Respeitando o próximo

E enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhe fazer os preparativos; mas o povo dali não o recebeu porque se notava em seu semblante que ele ia para Jerusalém. (Luc 9:52,53). A história da época nos ensina que os samaritanos eram inimigos do povo judeu. E o caminho de menor distância entre a Galileia e Jerusalém atravessava Samaria; mas a maioria dos judeus o evitavam. Havia uma disputa de séculos entre os judeus e os samaritanos. Os samaritanos em realidade faziam tudo o que podiam para estorvar e até ferir os grupos de peregrinos que tratavam de atravessar seu território. E Jesus sabia disso e aqui se faz interessante, e nos enseja a entender o porquê de Ele tomar este caminho para Jerusalém; e era mais estranho ainda que tratasse de buscar hospitalidade em uma aldeia samaritana.

Mas quando atentamos para passagem vemos que Jesus ao fazer isto estava deliberadamente estendendo uma mão amiga a esse povo que era inimigo. Neste caso não só lhe negaram albergue, mas também rechaçaram o oferecimento de amizade. E aqui entendemos o porquê do tomar um caminho que tinha grande probabilidade de ser um caminho difícil. Ele o fez para ensinar aos seus discípulos e a nós a tolerância do amor que estende a mão para tornar o inimigo em amigo. Quando Tiago e João diz: Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: "Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los? " (Luc 9:54). Eles criam estar fazendo algo digno de elogio quando se ofereceram para pedir a ajuda divina para destruir a aldeia. Mas o amor misericordioso jamais destrói, o amor sempre busca transformar os corações para que estes venham a enxergar a luz vivificadora do amor.

Como podemos ver a resposta de Jesus: Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: "Vocês não sabem de que espécie de espírito são, pois, o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los"; (Luc 9:55). Mas a condescendência ensinada aqui não aquela que se faz inativa ou displicente, mas sim aquela que tem como base o amor. Não devemos ser tolerantes porque nada nos importa; mas sim porque olhamos à outra pessoa, não com olhos críticos, mas sim com os olhos do amor que restaura e vivifica. Quando criticaram Abraham Lincoln por ser muito cortês com seus inimigos, e que ele deveria destruí-los, ele deu esta grande resposta: "Não os destruo ao torná-los meus amigos?" E isto nos ensina que embora outrem esteja totalmente equivocado não devemos olhá-lo como um inimigo. E que mesmo que os pensamentos ou modo de agir do outro não coadune com o nosso, jamais devemos destruir os seus sonhos e nem tão pouco empurrar goela abaixo os nossos eitos, preceitos e preconceitos, mas sim guardá-los e estender a mão tolerante do amor que concilia. Então que neste sejamos capazes de praticar o amor em cada conversa e em cada ato do nosso dia. Bom dia!

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 25/07/2016
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