A vida não espera
Passei a última semana na cidade onde minha mãe (in memoriam) nasceu, um interior pacato, onde as pessoas ainda ficam conversando na porta de casa até a madrugada, sem perigo algum.
Visitando alguns parentes e amigos ouvi bastante a seguinte frase: “Eu ia tal época visitar a Eva, mas não deu, por isso, isso e isso”. O depois ficou tarde e, infelizmente, todos nós vamos deixando algumas coisas para depois e o depois nem sempre chega.
Eu passei 18 anos para ir à cidade de minha mãe visitar meus parentes. 18 anos! Nesses anos recebi várias ligações informando que parentes haviam falecido, mas só nessa viagem caiu a ficha de como o depois ficou tarde, pessoas queridas se foram e eu sempre distante.
A vida não espera, somos cheios de obrigações, elas nos consomem e nos afastam das pessoas que amamos. Não dá para voltar atrás, mas daqui pra frente eu quero estar (mais) presente. Não é uma promessa, é uma necessidade.