O saber

Na antiguidade os povos se dividiram, uma parte resolveu desenvolver o nomadismo outra se fixavam em lugares férteis, acumulando e aprimorando conhecimento como também inventando coisas para facilitar o seu progresso e sua hegemonia. Destes feitos veio a conquista de povos que não acompanharam esses avanços e uma vez esses povos percebendo o grande poder do conhecimento criaram mecanismo para transmitir as outras gerações concentrando esse poder na mão de poucos. Essa brilhante invenção foi a escrita e os símbolos matemáticos. Durante muito tempo o conhecimento ficou concentrado nas mãos dos poderosos, não só ele, mas todas as formas de poder e domínio. Sabe-se que só após a revolução francesa e industrial que o saber começou a ser socializado com a educação de massa através da escola. Nesse passado pouco distante os pobres e fracassados nasciam e morriam na miséria porque não existiam maneiras para desenvolver sua inteligência, estando condenada a desgraça social. Não existiam fontes de inteligência, os livros eram raros e caros. Parece inacreditável! Mas o saber em todos os seus aspectos é capaz de promover o sucesso ou fracasso do homem. Existem escritos que mencionam sobre a capacidade realizadora do conhecimento. “dedique alta estima a sabedoria e ela o exaltará, abrace-a e ela o honrará... apegue-se a instrução, não abandone, guarde-a bem, pois dela depende a sua vida... com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida... o homem sábio é poderoso e quem tem conhecimento aumenta sua força... quem sai a guerra precisa de orientação e com os muitos conselhos se obtém a vitória... os planos fracassam por falta de conselhos, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros...” os gregos são bem famosos por exaltarem na antiguidade a sabedoria sobre muitos aspectos. Claro que ao se falar aqui sobre sabedoria e discernimento, não se trata só da institucionalizada, mas sim duma sabedoria e conhecimento para a vida. Depois de toda essa reflexão, direciona-se para o existencialismo. O homem como autor e ator coadjuvante de sua vida. A vida construída e guiada pela razão. Uma lógica a ser seguida é: durante boa parte de sua existência o homem não atenta para o controle de sua vida, vivendo aleatoriamente. Ninguém nunca transmitiu conhecimentos para resolver os problemas da vida, nem quando e como aplicar os conhecimentos, não como deveria.