!IN...Verdades!?
Sou a massa falida
Um sono sem vida
Que um dia virou ferida
Mas ninguém notou
Sou vento, tufão, ventania, brisa leve e furacão
Que a sua boca soprou
Sou cimento
Sou o dia cinzento no caminho que alguém passou
Sou verso mal feito
Poema incompleto
O sorriso entreaberto no pensamento do autor
Sou verbo mal... Dito
Sou olhar perdido
Do cego Nagô
Sou um vaso sem flor
O cidadão analfabeto pai do "dotor"
Sou estrada incerta
Sou o perigo,
Uma curva aberta
É batida na certa
Sou um carro sem motor
Sou o clarão da noite
O ardor da lua a meia noite
Mas quem viu não se importou
Sou o brilho do breu
Sou a certeza, o ateu
A musica que o mudo cantou
Sou a cilada do bandido
Que o azarento desviou
Sou o que sou
Sou o desterro
sou A despedida
Do apaixonado que se foi
E nunca voltou
Eu sou puro desespero
E sou também puro amor...
(Rosanedias)