Esse é o título de um artigo que li no site Senso Incomum, escrito pela Professora Paula Rosiska. O título me chamou a atenção , porque eu fui professora até 2011 e tenho uma filha que ainda “leciona” e está no meio tempo para a aposentadoria e anda contando os anos, os meses, os dias os minutos os segundos que faltam para esse acontecimento chegar. Minha nora também terminou o curso de pedagogia em junho e está procurando trabalho nas escolas particulares, na pública ainda não é tempo. Do texto de Rosiska concordo com cada palavra, cada vírgula, cada ponto.
A escola está cumprindo, sim. E muito bem. Espero que leiam o texto dessa moça.

O artigo merece ser lido porque quem não é Professor, não conhece a realidade de uma sala de aula atual, onde o aluno é o supremo senhor. Ele é o verdadeiro tirano que a educação “moderna” está formou: sem amor, sem respeito, sem compaixão, sem caridade, sem nada. Um ser vazio de valores e até de moral. Poucos se salvam.

Paula Rosiska faz um texto em que retrata, em cada mínimo detalhe a vida absurda de uma sala de aula. Dela saem traumatizados, doentes psíquicos os professores devido a poluição sonora, o estresse causado pelo autocontrole, pelo excesso de resiliência a que é submetido. Pela violência moral a que é submetido.

Enquanto os filhos estão na escola os pais descanam e se recuperam para quando os “filhos” voltarem para casa. Por isso os pais lutam para que seus filhos permaneçam na escola o maior tempo que puderem. Pudera! É um alívio, um descanso para o corpo e para a mente.

Escola não ensina se aluno não quer aprender. A gente só aprende o que quer e se vê importância naquele assunto. Qualquer um aprende qualquer coisa, desde que queira e em qualquer época. E não existe motivação maior e melhor para um ser humano do que saber que está avançando na aprendizagem, no conhecimento.

Não adianta colocar na escola os melhores livros se o aluno foi condicionado a achar o conhecimento anterior, acumulado a causa da opressão deprimente. Ler um livro clássico se tornou um ato de tortura ao aluno. Acho mesmo que sequer os professores atuais leram algum clássico da literatura mundial. Vão – os alunos- colocar fogo. Já colocam fogo nas cortinas...nos cestos de lixo, no cabelo das meninas....

A escola se tornou o lugar mais feio do mundo, com mais poluição sonora e visual. Lixo por todo lado. Mau cheiro nos banheiros dá náuseas. A pichação impera – é arte, não é?

A falta de educação não tem limites. A maçã, comprada com o dinheiro público, a banana, o caqui... viram bola de futebol com reflexos no entorno da escola e causa de entupimento nos banheiros. E há esse movimento de estudantes pela merenda! Faz-me rir! Dou gargalhadas pela hipocrisia. Depois da merenda as escolas enchem tambores, daqueles grande, de merenda que foi jogada ou descartada pelos aluno. E não é mal feita, não.

Podem colocar todo o dinheiro que resta no Brasil, na educação que o descalabro vai continuar e piorar. O problema não é de investimento monetário, mas de educação moral, de civilidade, de limite...de querer.

Tudo e todos tem um limite de atuação. Só isso. Quando o povo voltar a ser civilizado a educação voltará a dar conta do recado. Não adianta ficar vinte horas na escola, se o aluno não quiser aprender.

Acredito que só crianças até os quatorze, deveriam ir para escola compulsoriamente. Depois ela vai se quiser. Vai fazer o que quiser porque já está, supõe-se, alfabetizado. E se não estiver não vai aprender a menos que queira e nessa idade de contestar tudo e todos não vão aprender. Só vai aprender quando a água bater no traseiro.

Por isso acho que se faz melhor gastar o dinheiro público onde for mais bem utilizado, porque na educação será desperdício. Não adianta ouvir a população, os palpiteiros de sempre.

Se o aluno quer fazer Senai, que vá, Se quer ser mecânico de carro, que seja. Porque ele precisa fazer o ensino Médio obrigatório? Se ele quer trabalhar como empacotador num supermercado, que trabalhe. Não vai fazer diferença na vida dele, não. Quem deixou de viver porque era analfabeto? Foi difícil? Claro! Mas viveu e vive. Se aos cinquenta, ainda é analfabeto o problema é dele que não quis saber de estudar. Até ontem existia escolas noturnas. Igrejas alfabetizam, ongs alfabetizam e ainda há analfabetos? Não é questão do estado. Não. É pessoal.

Escola não vai faltar, nem ficará superlotada se tirar dela quem não quer estudar. Vai sobrar espaço... Vai ter sossego para ouvir, ler, pensar, refletir...

Nem sei para que serve o Ministério da Educação. Não serve para nada. Não entendem de nada. Não ajudam em nada. Ali, sim é preciso fazer corte de despesa. Ali há muita gente que não gosta de ensinar se metendo a sabido, a dono do conhecimento. Seque sabem explicar porque até agora com tanto dinheiro que ali despejado,  a educação é esse caos. Já culpam professores, o tempo de aula... tudo. Não perceberam ainda que é a política infeliz que fez isso. Paulo Freire deve estar pagando caro a maldade que fez.

 
MVA
Enviado por MVA em 08/10/2016
Código do texto: T5784892
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