A roda do Tempo

O tempo passa, o telefone toca, e essa sensação me acompanha dia e noite, isso me sufoca. Lá fora, as pessoas vão e vem em um fluxo constante de pensamentos e sentimentos. Aqui, o tempo parece insignificante e monótono, e eu te espero, mesmo sabendo que você não virá. Aqui, o relógio bate indiferente á vontade de querer voltar, apressar, pular o tempo... O relógio bate, a cada segundo a certeza e angustia de que estou presa ao tempo, presa a você... Até o fim dos tempos. Não há como fugir do que está dentro de nós mesmos, só há a possibilidade de dia após dia, segundo a segundo... Conviver. Mesmo sabendo da total inutilidade de tentar. E esperar a cada volta do relógio... Sempre. Prevendo o fim de todas as noites.

O tempo passa, chega à noite, ainda te espero. Por que amanha é um novo e repetido dia... O relógio continua a bater.

Gabriela F H
Enviado por Gabriela F H em 25/07/2007
Reeditado em 04/02/2010
Código do texto: T579532
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