Eu falo...
Uma amiga minha, alguns anos atrás, me pediu para escrever,
Não minhas poesias, mas minha história.
Que nossa memória pode falhar, alguns fatos podem ser esquecidos em nossa memória.
E até mesmo para colocar para fora todas as nossas tristezas e frustrações.
Realmente, a palavra é tudo.
Uma pessoa que teve o seu direito de expressão vetado é uma pessoa retraida em seus sentimentos e pensamentos.
Então, eu vivo isso a alguns meses.
Eu tentei falar, não quiseram ouvir, e as palavras morreram em mim.
Talvez você, meu opressor, nunca saiba o que eu tinha a dizer,
Poderia ter sido importante para mim... para você.
Esse silêncio imposto, essa opressão é o que me faz mal.
Sou uma mulher de palavras...
Sou um ser humano, não uma máquina.
Agora resolvi falar...
Mas falar por aqui.
Você pode ter calado a minha voz, silenciado meus ouvidos...
...mae eu... eu ainda tenho um teclado.
E se me tirarem, uso uma caneta.
E você?
Talvez um dia você queira ouvir-me.
Ouvir minha voz, dar um abraço de carinho, um ombro amigo.
E quem há de não querer mais falar será eu...
Porque eu tenho minha escrivaninha.
E nela, ninguém mais poderá me calar.
Boa noite, para quem é da Brisa da Noite.