Pensando Só

Como saber se sou lembrada, se sou esquecida ou se mal vista? Por qual ponto começar o novo, o imprevisto? Minha rotina é cansativa, embora vazia. Minhas escolhas convictas, porém fracas. As certezas, absolutas, ainda que imaturas.

Só quero que entendas que estou firme, que tenho decisões e que possuo sentimentos. Uns coloridos, outros acinzentados. Tenho objetivos que me parecem fascinantes, mas que estão tão longe, tão raros. Gosto das coisas simples; de uma gargalhada, de um ombro amigo, de um “Tudo bem?”, de fazer farelo, dos olhares tímidos e dos arrasadores, de beijo roubado, de acordar sem despertador, de um abraço...E, também, das complexidades: Amar, amar e amar. O incrível, o absoluto, o eterno e, am algumas situações, o pecado. Odeio pressão psicológica, dizer não, ser mal interpretada e sentir falta de mim.

Abrir mão do planejado, já é tarefa habitual. Receber um obrigado é resposta imaginária. Reconhecimento de minhas desistências é impraticável aos que me tiraram alguma vantagem. Lutar contra meus próprios desejos, bloquear meus impulsos e ser feliz, não por opção, mas sim por necessidade.

Gisa Bandeira
Enviado por Gisa Bandeira em 26/07/2007
Reeditado em 27/07/2007
Código do texto: T579868