Sobre a 7ªcarta do Tarô - Meu 9º texto mais lido (1040 leituras) - Uma leitura pessoal


 
Há, na minha alma, a carruagem puxada por dois cavalos.Os cavalos, indóceis, um azul, o outro vermelho, querem, cada qual, ir para direções opostas.
Há, na minha alma, uma vontade confusa, com rédeas frouxas nas mãos, vontade que, por ausência de meta diante do olhar, se deixa a desguiar pelos cavalos e se queda inerme, diante do risco de queda da carruagem.
Há uma estrada a seguir, uma estrada que leva não sei para onde. Há uma carruagem com dois cavalos, um vermelho, o outro azul. Minha alma está na carruagem, com as rédeas. Os cavalos devem estar parelhos, sob as rédeas, a carruagem deve seguir para a direção determinada pela alma.
Os cavalos precisam obedecer ao comando da alma. A alma precisa saber qual a direção a tomar, para sair da iminência do desastre.
Os cavalos e a carruagem não são a alma; assim como quando alguém aponta para algo, deve-se olhar para o algo apontado pelo dedo, não para o dedo que aponta, a alma deve estabelecer-se uma meta e, em direção a ela, meta, orientar a vontade dos cavalos.
É preciso submeter a vontade dos cavalos à vontade da alma. É preciso que a carruagem se ponha a caminho da meta estabelecida por esta mesma alma.

Zuleika dos Reis, na manhã de 13 de setembro de 2010