Interação com "Sem ensaios" de amigo Facuri



Se " o nada é leve"
e o tudo, ah...
tentar re-achá-lo entre o pó
dos "perdidos" em luta talvez inglória...

 
reencontrar o peso de algum tudo...
algum tudo...
abdicando-se da leveza do nada...

Ai ai ai ai ai ai
que pêndulo esse...

Se eu fosse menos civilizada, poeta
só para me aliviar - um pouco - da barra desses
"perderes e buscares" sem fim
muitas vezes sem saída
soltaria um sonoro palavrão!

Ah, poeta,
amigo meu...amigo meu...
Por que diabos
tornei-me assim tão civilizada assim?


I I

Tu disseste tão bem dessa coisa do tudo e do nada
 e eu, ao invés de louvar-te a escrita por ser escrita que
me toca desde as vísceras, em razão de causas abstratas e
concretas, tive vontade de praguejar...


Ora... Ora...
Praguejar?
Para quê?... 

O lance é ser estoico...estoico...
fazer do pensamento um escudo
que nos proteja e ao outro da desesperança...

que nos proteja e ao outro...
Abraço fundo, amigo meu .
Abraço fundo.



Beijos, Zu.

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