De uma sonhadora realista


 
        Após uma vida de sertões e de veredas, e de avenidas, e de ruas sem saída, e de becos dando para outros becos, e de casas quase sempre sem rumos, e de muros quase sempre demasiado altos, ao mesmo tempo que uma vida de indizíveis e profundas alegrias em especiais minutos e tempos,  creio ter aprendido a lição mais importante de todas, para mim:  O sonho tem que caber dentro do real, de algum modo e o mais que possa e consiga ; o real não pode e nem deve caber inteiro dentro do sonho, que isso pode ser letal ou estar sempre à beira de o ser, letal.
        Claro, isso vale apenas para a minha vida. Nunca o que escrevo tem a pretensão de ser norma ou preceito para quem quer que seja além de mim (Isso não é crítica a quem o faça, quem sou eu para julgar da escrita de outrem...).  No que me concerne escrevo, antes de tudo, para dizer-me a mim e às pessoas. Apenas isso... Apenas e tão somente isso. Cada qual sabe da sua própria medida e só a cada qual cabe elaborar para si mesmo as  próprias receitas mais eficazes de vida.




Feliz semana, amigos. Fiquemos com estas belas imagens.