BRINCADEIRA DE VIVER

Depois que nascemos, começamos um grande brincadeira. Avançamos ou voltamos casas. Ganhamos prêmios ou pagamos por passos errados. Os dados nunca param.

De repente, porque o jogo é rápido, envelhecemos. Todos envelhecem. E quando são nossos pais, a brincadeira já não tem tanta graça. Mas eles viram crianças e querem continuar brincando.

Inventam novos jogos.

VIVO! MORTO! MORTO! VIVO!

E assim, entre brincadeiras e sustos, eles continuam no jogo e esquecemos de suas limitações e não aceitamos que comecem a não entender as regras.

De um dia para o outro, fazem birra e começam a não querer brincar mais. Não adianta falar, dizer que vão tomar injeção, que vão ao médico. Ai, ai, ai...vamos continuar brincando...

Mais nada funciona. Apenas não querem mais se divertir.

E o que fazem? Sem mais nem menos eles se recolhem, guardam as caixas com os jogos.

Muitas vezes não queremos acreditar. Perguntamos o que houve, e eles apenas dizem:

A brincadeira acabou...

Mariza Schröder
Enviado por Mariza Schröder em 07/11/2016
Reeditado em 12/08/2022
Código do texto: T5815600
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