o que diz o som do meu silêncio?
- Eu não sei mais o que faço, eles me irritam demais…
- Se eles te irritam você tem que procurar um jeito de ficar calma, tenta ir para algum lugar silencioso.
- Você acha mesmo isso?
- Pode acreditar em mim, tudo fica bem mais fácil assim.
- Tudo bem
…
- Pronto, eu finalmente estou calma e em um lugar silencioso.
- E o que você fez?
- Fiz o que você mandou, consegui o meu silêncio. Matei todos eles.
- Matou quem?
- Aqueles que me pertubavam, fiz o que você pediu. Arrumei um jeito de ficar calma.
- Mas por que você fez isso?
- Porque você mandou…
- Não! Eu apenas dei um palpite. A culpa disso é toda sua! Quem decidiu isso foi você, não venha colocar a culpa em mim.
- Não! Eu não queria fazer isso! Só fiz porque você me atentou a fazer, dizendo que ficaria bem mais fácil assim.
- Mais uma vez, não fui eu quem decidiu isso. Quem decide o que fazer ou não, é só você!
Entre a credulidade e a sobriedade, meus pensamentos delinquentes me afogam no mais profundo mar da verdade. E então, encontro-me sem saída, sem ar e sem o gozo da sanidade. Encurralada com mais um diálogo consequente do que pensa a minha mente. Entre eu, eu mesma, e o meu infinito particular.