o que diz o som do meu silêncio?

- Eu não sei mais o que faço, eles me irritam demais…

- Se eles te irritam você tem que procurar um jeito de ficar calma, tenta ir para algum lugar silencioso.

- Você acha mesmo isso?

- Pode acreditar em mim, tudo fica bem mais fácil assim.

- Tudo bem

- Pronto, eu finalmente estou calma e em um lugar silencioso.

- E o que você fez?

- Fiz o que você mandou, consegui o meu silêncio. Matei todos eles.

- Matou quem?

- Aqueles que me pertubavam, fiz o que você pediu. Arrumei um jeito de ficar calma.

- Mas por que você fez isso?

- Porque você mandou…

- Não! Eu apenas dei um palpite. A culpa disso é toda sua! Quem decidiu isso foi você, não venha colocar a culpa em mim.

- Não! Eu não queria fazer isso! Só fiz porque você me atentou a fazer, dizendo que ficaria bem mais fácil assim.

- Mais uma vez, não fui eu quem decidiu isso. Quem decide o que fazer ou não, é só você!

Entre a credulidade e a sobriedade, meus pensamentos delinquentes me afogam no mais profundo mar da verdade. E então, encontro-me sem saída, sem ar e sem o gozo da sanidade. Encurralada com mais um diálogo consequente do que pensa a minha mente. Entre eu, eu mesma, e o meu infinito particular.

Bia Godinho
Enviado por Bia Godinho em 09/11/2016
Reeditado em 20/02/2018
Código do texto: T5817647
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