TUDO AMOR

Pedi tão pouco do "tudo" que disseste ter.

Não era muito, apenas o suficiente.

Queria que me olhasses nos olhos,

Que sentisses minha vida esvair-se

Conforme tua presença chegava...

Ceifador de vazios profundos.

Ó digno-do-amor-próprio...

Ensina-me a ser tão indiferente à dor.

Do todo que ainda existe aqui,

Eu sou o nada que teu "tudo" expulsou,

Admito.

Domero
Enviado por Domero em 14/11/2016
Reeditado em 12/06/2018
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