Mulher total

Em comentários pretensamente jocosos e de menosprezo, ainda que ao sabor das deploráveis brincadeiras de mau gosto, costumamos diminuir o papel da mulher. Dizemos que não sabem dirigir ou estacionar direito o carro, prendem-se excessivamente a detalhes, estão sempre no mundo da lua e ninguém sabe com exatidão o que pensam.

No entanto, não será absurdo garantirmos que todas as sociedades que oprimem a mulher, que proclamam o direito de o marido espancar a esposa, que a ele deve obediência total, do pai poder matar a filha que namora sem o seu consentimento, de a sociedade compactuar com o apedrejamento até à morte da mulher que traiu o marido – sociedades desse tipo acham-se, de um modo geral, atrasadas em termos de desenvolvimento e mergulhadas na guerra e na pobreza.

Ao contrário, sociedades que reconhecem a igualdade de direitos entre homens e mulheres são normalmente ricas e pacíficas.

Rio, 13/10/2016

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 23/11/2016
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