Ela está em todo lugar, parece perene e volta e meia nos assusta e vem com novo rosto, novas bandeiras, novas mentiras e monstruosas benevolências pra quem gosta de humilhar o seu semelhante: A Escravidão! Numa hora e outra ela dura milênios, noutras décadas de insuportável mesmice ela se tornará diferente ( mas sempre no mesmo padrão, mesmo com a mais bela das boas vontades marxistas ou por azedumes democráticos ) e vive a renascer a cada ditadura, a cada chance infeliz de militarismos cacoetes, a cada fascismo do mal que tomamos por bem recalcado. E volta e meia a teremos viciante e má orientada no niilismo, na negação, no servilismo sem luta. E ela tem muitas faces escolhidas!

          Escravidão que não conhece limites, fronteiras, gentes ou mares nada navegáveis. Tem nome eterno. Perene quando atemporal. Visita as trevas em detrimento da luz que se enfraquece. Virá ao nosso encalço a fazer sofrer leis, artes e verdades aparentes. Se junta aos brutos pra prevalecer disciplina da corrente. Ela que nos custa heróis! E tem diversas patranhas escolhidas.
 
          O ser escravo, não do físico, mas já basta a alma ou a liberdade, que a todo custo nos é ameaça ou nos alveja...e a vasta liberdade é sua adversária - muitos se batem com elas pra chegarem ao fracasso que gerações posteriores somente edificarão com heroísmo demorado. Nem a escravidão tem poderes pra se perpetuar em miríades de anos, um dia terá de soçobrar e repensar a sua volta. Eterno retorno indigno. A quem pode desiludir?

          Tão servil imaginação insidiosa retornada com bandeirolas novas em ideologias de cupinchas ( o algo tão baixo que idolatra estatuárias do que homens livres ). Se ela te destoa então estás a uns passos dessa sapátria desumana escorchante. Se tornada Estado e a senhora das vontades da maioria, um dia cederá na lama de equívocos dialéticos, mas fincará raízes!
         
          O tão comum em sua virtude escravocrata na mente e nas leis injustas é a falácia de sua arquitetura, de suas regras de espezinhar terceiros, comandar exércitos de papel pra temer o mundo, os muitos tiranos ciumentos da vida. E na tirania nascem cegos que vêem longe somente em suas terras ôcas e negras de economias. Fazem dos descalabros da neurose externa a sua mentira em museus, nas suas empresas sem sentido, suas ruas desertas de realismo ufanista ou seu povo exaurido de esfomear canduras do senhor do "Universo" de seu reino e sujo devaneio.

          De vestes cinzas aos cinábrios em fartas condecorações terão como camaradas da escravidão o servilismo, a impostura, as estátuas vivas sem pensamento. E isso se aplica tanto ao Ocidente que se julgar civilizado quanto ao Oriente corretivo e social. Basta a chama que a escravidão imporá trincheiras e os demais maus pensamentos. E na política ela se arruma viçosa e à espreita, sempre desigual ou maníaca em sua mundanidade secretada.

Se disser a verdade a escravidão retoma a sua inverdade. Se a vida lhe oferta ditadores um dia terão de cair por velhacaria típica dos homens fracos. E se tomarem as rédeas do governo os burocratas da razão de estado, a sua matemática da fome expurgará as suas somas. E se os lacaios da serventia tirana disporem dessa riqueza, os fracos em ciúmes irão se revoltar contra botas e pregos indecentes. Mas a tal escravidão não triunfa, mas retorna ainda mais sortida. 
         
           Pense grande e sua tristeza será a conquistada. E escravize de caso pensado mais a fundo e serão poucas as algemas que subjugam e muitas as baionetas caladas! A escravidão e a tirania são primas bem renhidas e a mente que consolam são de fraca impertinência e grande duração...não sendo feliz ou infeliz nem o Senhor das mudas bélicas e nem os poucos que florescem o lutam pela liberdade exemplar...
         
Um dia a escravidão retomará as bandeiras, os servos, diante dos túmulos prematuros, ou cegará sempre os escravizadores. E de formas novas terá sucesso ideal e algemará os povos receosos. Mas sempre existirão os combatentes que renegam as ideologias ou as tramas "exclesiásticas" ( sejam quais forem! ) e se imporão em muitas revoluções. E tem de se assim e assim será sempre...
Jurubiara Zeloso Amado, Francisco Carlos Amado e Pai-Mãe de Avatares
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 13/12/2016
Reeditado em 13/12/2016
Código do texto: T5852140
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