A tal liberdade que nunca existiu.

No tempo da escravidão

Se pagava pela cor

Chegou a libertação

E pouca coisa mudou

Como posso acreditar

Na carta de euforria

Se libertaram os escravos

Mas todos de mãos vazia

Que distância chega o homem

Caminhando pela estrada

Com a barriga vazia

E sem bagagem sem nada

Assim fizeram com os negros

Dizendo estão libertos

Lhe deram a liberdade

Mas sem direitos por certo

Se alguém duvida disso

Oras posso explicar

Num país capitalista

Quem pode se libertar

Trabalhar um mês inteiro

Por menos de mil reais

Seja branco seja negro

Rúivo ou pardo tanto faz

É como a escravidão

A diferença que faz

Apenas o tal do chicote

Que agora não tem mais

Mas se olharmos direito

O chiote até existe

Os únicos que não apanha

É o grupo da élite

O pobre que sai na rua

Bem cedo pra trabalhar

Nem sempre volta pra casa

A noite pra descansar

Pois na esquina o bandido

Que a élite gerou

Negando um bom estudo

O direito a ser doutor

Agora ganha a vida

Roubando a quem trabalha

E sem piedade atira

Matando o trabalhador

É essa a liberdade

Que a tal princesa deu

Quem foi liberto do tronco

Saiu pra rua e morreu

Sem falar que existe branco

Com a idéia mesquinha

De achar que cor da pele

Da tristeza ou alegria

Mas olhem a cor do sangue

Veja,todos são vermelho

Mas uma coisa eu sei

Que até da desespeiro

Se pudesse examinar

A alma de um companheiro

Tem negro de alma branca

E branco igual chiqueiro

Por isso no meu pensar

O recismo é burrice

Nós somos todos iguais

So burro não sabe disso.

Genilson chagas
Enviado por Genilson chagas em 29/12/2016
Reeditado em 29/12/2016
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