Ah! Os muros...

Existem tantas formas de comunicação, tantos povos, tantas línguas...Como pode então, haver apenas duas mentes: uma certa e outra errada?

Criam-se padrões e o que está fora dele se torna erro e assim surgem os preconceitos e suas consequências que duram décadas, séculos...Assassinatos, agressões, suicídios, pessoas escravizadas, pessoas torturadas...pois foram consideradas erradas.

Somos uma fábrica de exclusão: classificamos (por cor de pele, corpo, gênero, comportamento, origem, mentes), julgamos e depois, condenamos.

Será pelo medo do que é diferente do que somos (ou do que pensamos que somos) ou será para que possamos nos aceitar e façamos parte de um grupo considerado normal?

Nossa sociedade está doente. Estamos doentes.

Se com tantos instrumentos diferentes é possível compor uma bela música, por que as pessoas não podem também, se complementar em suas diferenças? Por que parece mais fácil condená-las a aceitá-las? Por que nos trancamos em gaiolas de julgamentos ao invés, de juntas, desconstruírmos muros, retirarmos tijolos feitos de preconceitos?

Já existem tantas correntes que nos prendem...por que criar ainda mais, nos acorrentar ainda mais? A única capaz de libertar é a corrente formada por braços. Braços que se apoiem.

Há braços.

Há braços de luta.