Egocentrismo equivocado

Privando o corpo de descanso

Angariando memórias vazias

Já não sabe mais o que é certo

Nada mais lhe traz alegria

Todas as noites sempre buscando

Terminar o copo e o cigarro

Se matando com lentidão

Julgando ser um pobre coitado

O vício que alicia a alma

Com requinte de heresia

Termina por matar o desejo

De acordar no seguinte dia

A depressão é sorrateira

Como a sombra colada no pé

Sem ter certeza da vida

Acaba aceitando até o que não quer

E por fim o ciclo termina

Com medo, ódio e frustração

Morre jovem, forte e teimoso

Da vida não tem nem noção

Sem entender a singularidade

Que existe dentro de cada um

Sem respeitar a doce verdade

De ser só um ser comum

Henrique Gellerth
Enviado por Henrique Gellerth em 01/04/2017
Código do texto: T5958287
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