Egocentrismo equivocado
Privando o corpo de descanso
Angariando memórias vazias
Já não sabe mais o que é certo
Nada mais lhe traz alegria
Todas as noites sempre buscando
Terminar o copo e o cigarro
Se matando com lentidão
Julgando ser um pobre coitado
O vício que alicia a alma
Com requinte de heresia
Termina por matar o desejo
De acordar no seguinte dia
A depressão é sorrateira
Como a sombra colada no pé
Sem ter certeza da vida
Acaba aceitando até o que não quer
E por fim o ciclo termina
Com medo, ódio e frustração
Morre jovem, forte e teimoso
Da vida não tem nem noção
Sem entender a singularidade
Que existe dentro de cada um
Sem respeitar a doce verdade
De ser só um ser comum