É PRECISO VER OS OLHOS

As redes que consigo lidar são aquelas de descanso, sobretudo se forem largas e confiáveis. Sério? Sério. Não estou me encontrando nas fotografias, nos sorrisos e despedidas. Estou vendo os nomes e reconhecendo cada rosto. Mesmo que o tempo também esteja largo (largo?), distanciando o contato. É? É. É preciso ver os olhos. Pessoas que me perdem não me conhecem, não a fundo. Bem percebo. Desviam do meu olhar. Sempre posto meus poemas sobre amizade, sobretudo um específico sobre o café que gostaria de tomar com cada um ser humano que me acompanha. Quero eu. Quisera eu sentar de frente e conversar os assuntos que mais me movem. Metafísica. Mundo sensível e inteligível. Morte, processo do morrer. Vida, felicidade e o viver. Quisera eu poder expressar os meus sentimentos de forma íntima. Quisera expressar esse eu artístico-oculto cheio de propensões. Eu indelicado sensível sonhador. Eu. Apenas tu. Não sou egoísta. Uma das principais coisas que faço é ouvir. Ouço? Ouço. Mas nada jamais me passa incólume, mesmo que seja apenas no pensar. Ufa! Sim, ufa! As horas desse tempo, agora curto, me fazem apressar.