Pensamento II

Insônia. Madrugada só. Duas horas da manhã. Tudo escuro, apenas as luzes dos postes iluminando a rua. Cachorros com seus latidos ensurdecedores buscando uma saída da solidão. A solidão que assombra aos que: pensam, perdem, sentem. Aos que não tem saída.

Eu, enterrado de baixo do travesseiro, tosco, esterco da sociedade. O não-estereotipado, que não se encaixa, o invisível. Invisível que: pensa, perde, sente. Que não tem saída.

Vida. Bagunçada, deixada de lado. Vida que não é mais vida, não respiro, não vivo, não sinto. Não me entrego, não tenho coração. Coração que não pensa, que perde, que não sente e que não tem saída.

Insônia, eu vivo, eu em sonho que não tem saída.