ASSOCIAÇÃO ENTRE IDÉIAS E IDENTIDADES

Confesso que tenho um pouco de medo com a associação pós-moderna que fazem assim tão direta entre os métodos epistemológicos e ações humanas (opressoras etc). Uma maneira de pensar, estudar, pesquisar, concatenar idéias desenvolvida por exemplo na Europa não é "européia", como se tivesse sempre um lado independente de sua aplicação. A maneira própria pelas quais nós questionamos as idéias que resultam em opressão é através desse método argumentativo e, quando dá, empírico que os europeus (por uma série de fatores históricos) desenvolveram muito bem. É algo extremamente útil. É complicado colar as idéias às identidades assim de uma forma tão amarrada.

Um dia desses eu citei uma idéia de um autor, basicamente dizia que é comum que a distância da centralidade (por exemplo, um centro de interesses) influenciasse no preço da terra (quanto mais próximo, mas caro). Em qualquer anúncio de aluguel você vê "próximo ao centro", "próximo à universidade", "beira de rua", "próximo à praia" etc, isso é um fator de valorização sim. Uma professora então me disse, horrorizada, que esse autor é um dos que deu base para a teoria do território do III Reich. Gente, o que a gente faz então, nega que um conhecimento desses seja algo útil e joga fora? Espera que outro autor do lado dos judeus enuncie uma teoria igual?