Presente presente


 
 
Aqui é melhor que eu não coloque nenhuma imagem, a fim de abrir espaço, na vontade e no desejo, para o imponderável, o inesperado, o que não se pode prever que, afinal, nem tudo deve ser abarcado, controlado e fechado dentro da razão cartesiana, a do "penso, logo existo". Seja como for permito-me (permitam-me) aqui, falar de um presente presente para um imponderável só de coisas boas... espaço para o desejo e a vontade só de coisas imponderavelmente boas... libertadoras... Que venham!  Escrita alienada, esta? Que o seja, eu me permito.


Por favor, não me venham falar  que não adianta eu ficar esperando, passivamente, que  me caiam do céu tais coisas. Eu sei muito bem disso. Se escrevo o que escrevo aqui é que, em tempos de falta de força até para o pensamento, alguma anestesia do real ajuda, minimamente, a suportar o real. É isso.
 

 
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Apenas uma imagem devo colocar, a da paineira, que além de ser ela mesma, também é o símbolo icônico do pequenino recorte de mundo visto pela janela deste  apartamento onde vivo e onde  devo e preciso continuar a viver, ainda que venham a surgir espaços novos nos quais eu possa também habitar. É isso, Zuleika dos Reis.


 
Que haja tempo e vida para tais coisas, ao menos para algo delas! Que haja! Amém!


   Impeachment já!!!