Chama ardente
Nem a janela eu posso abrir porque as ruas podem estar escuras, mas posso sentir o vento da incerteza rondando as minhas noites.
Você em mim é luz de luar e o brilho do sol revestindo com sua fragrância mais doce o paradoxo entre dia e noite.
O modo que te desejo é tão mágico que ao sorri para o firmamento eu ganho o beijo das estrelas.
A sua pele me chama, que de fogo sem brasa, chama ardente se propõe, mesmo que loucamente eu te busque e que tu não interrompa cegamente o meu buscar.
Arde assim a beira do fogo, arde tu com tua chama incerta, porque no fim de cada noite iluminada a luz da lua, a cada dia que se completa eu sinto o doce sabor da sua presença.
Você sequer pediu a nossa música, instinto de boca beijada, mas as minhas palavras já estão fazendo cócegas nas suas nesta valsa
Ritimica da aproximação, eu te beijo e tu me beijas.
Sem beijo de boca, beijo de coração.