A despedida

Que seja necessário apartar a dor que não se mede, esta já é uma proporção de uma grande saudade...

Mesmo a colecionar os espinhos que nada enfeitam...

Melhor é deixar as águas se dissiparem porque em você encontrei um oceano de mim mesmo...

Com certeza esta sua doçura encontra-se em uma colmeia segura alimentando outro coração de mel.

Não posso mais navegar por este rio onde as margens se perdem no horizonte.

O seu rosto lindo me condiciona ao súbito desejo e são nestes traços angelicais que vou arquitetar a minha rota de fuga.

Para onde me levar esta força do bem querer, pois todo o fogo que me queima o peito neste momento, em ti despojo o último

Desejo de um homem apaixonado...

São difíceis todo e qualquer caminho, que este trajeto de ida possa me conduzir em paz, mesmo sabendo que haverão noites em que não sonharei com voce.

Um final sem ponto nem reticências, como uma réstia de luz insistindo iluminar o fundo escuro do meu quarto.

Não se pode perder oque não se possui, nem saborear uma doce fruta sem que parta ao meio a sua essência.

Talvez as minhas vontades abraçaram e beijaram as suas vontades e nestes instantes verdadeiramente eu fui seu.

Tenho certeza que esta poesia vai ser o meu fiel escudeiro. Nestas estradas vou continuar almejando a sua silhueta mágica como destino, uma transposição de todo um amor contido.

Não vou esquecer da dor que me levou a buscar, tampouco da magia da vida que fez com que um dia, todo o meu corpo e alma por ti desejou a loucura de uma paixão.

É preciso partir, como se parte um violeiro,

Sem música e sem plateia.

Apenas eu e você e alguns passos que inicia

Esta despedida.

Eu te amo, fica em paz.