A Maior Fome da Humanidade

Nosso mundo moderno oferece de presente a cada ser humano um pacote fechado de infelicidades que envenena a mente. A cada dia a tristeza e a angústia se fortalecem. Não há como nos dias de hoje, um tempo, onde as pessoas vivem inseguras com um estado emocional abaixo do nível normal. A solidão cresce conforme o aumento demográfico das pessoas. A sensação de estar só é em todos os lugares, desde um centro urbano agitado até os confins de um deserto inabitável. Enfim, as pessoas se encontram sozinhas no meio de uma multidão, vivendo ilhados em seu próprio mundo.

Aprendemos nas escolas a explorar cada detalhe dos elementos químicos da tabela periódica, todos os fatos que aconteceram na história, a resolver os problemas matemáticos, até as leis da física que regem o universo, mas nunca aprendemos a explorar o nosso mundo interior (aquele que nos faz humanos), nunca somos ensinados a resolver os problemas da vida, nunca fomos incentivados a fazer a nossa própria história para ser atração ao mundo. Nunca aprendemos em biologia a importância de qual semente devemos plantar no terreno do coração, para depois saborearmos o doce fruto da paixão pela vida.

Vejo tão injustamente uma produção de seres humanos doentes, e percebo que as escolas de hoje ensinam os jovens a se tornarem capacitados a fabricar lágrimas. Aprendemos a dar valor aos bens materiais, ao carro, casa, trabalho, mas os que deveria ocupar o centro de nossas atenções não aprendemos a dar importância. Somos ensinados a desvalorizar o maior tesouro que temos: a “VIDA”! Sempre nos encontramos despreparados para combater nossas derrotas de espírito. Somos somente preparados para resolver problemas externos, mas nunca para resolver os problemas internos. Os professores sempre dizem: “prestem atenção que isso irá cair na prova!”, mas nunca ouvi um professor dizer: “prestem atenção que isso irá cair na vida!”

Nunca houve um tempo no mundo onde a miséria interior fosse tão grande. Onde a maior fome da humanidade não fosse de comida, mas sim, de um alimento diário que beneficie a sustentação da alma. Sentimos a fome de um carinho, a fome de uma palavra de amor, a fome de uma simples atenção e compreensão, sentimos às vezes a fome de um simples sorriso. Jesus estava certo ao dizer: “NÃO SÓ DE PÃO VIVERÁ O HOMEM” (Lucas 4: 4)