Um trabalho que não compensa

O trabalho doméstico não é compensador nem dignifica a mulher dona-de-casa. Escraviza. Se uma mulher for tentar ser a dona-de-casa perfeita, sua vida acabará se resumindo às atividades domésticas, porque será muito difícil encontrar tempo para si mesma. Muitas acabam se tornando extremamente infelizes porque os seus familiares não levam em conta que elas também podem ter seus sonhos e desejos, os quais sacrificam para cuidar sempre dos outros. Uma dona-de-casa acaba sentindo que não pode adoecer, tirar uma folga ou mesmo dizer que está exausta, pois entendem que ela "faz apenas umas coisas" isto é, que não faz nada de importante, já que se considera importante apenas o trabalho que produz dinheiro. Por que ela estaria cansada ou deveria se sentir infeliz se não tem com o que se preocupar, não é? Mas falemos com mulheres que se dedicam a cuidar do lar e grande parte delas dirá que, com o tempo, elas se tornam invisíveis para seus familiares, que as tratam como um objeto ou peça de roupa da qual só lembram quando precisam. O marido tem que trabalhar, os filhos, têm seus próprios afazeres, como a escola, amigos e outras coisas. E elas? Suas vidas se resumem a cuidar dos outros, como se elas não fossem importantes. Algum filho agradece à mãe que lava suas roupas e lhe prepara o jantar? Não, porque, no entender dele, isso é o dever de uma pessoa que não tem o que fazer.

Que há de compensador nisso?