Meu outro EU
É de madrugada e eu estou vagando em meio a uma Avenida.
Estou só.
Como vim parar aqui?
Eu preciso de ar para pensar, mas pensar em quê, na vida?
A vida é cruel, quanto mais tenta concertá-la, mais as coisas saem dos eixos.
Eu não estou em uma Avenida, eu sou a Avenida!
Olhem para mim!
Os carros passam tão rápido, é tão perigoso... tão excitante.
Mas então tudo para, mas sei que a avenida está a 100 km.
A euforia passa e eu volto ser a outra que preferem.
A liberdadeque desfrutada com essa outra eu, não existe...
Um fantoche dos bons costumes e regras que me são impostas.
Então, volto a ser sufocada pelo ar que me rodeia.
Rafaela Cantor.
20 jun 2017