Ah! Avante...

Como aquele estranho, eu queria ser pedra. Não sentir, não pensar, não refletir. Se eu fosse pedra, não me decepcionaria a cada esquina, não criaria expectativas à toa.

Ao som daquela música melancólica dos meus olhos não cairiam lágrimas.

Quem se importa?

Se eu fosse pedra não me importaria com o abandono, com o fim.

Mais uma vez, vejo-me despreparada para o fim.

Minha imunidade fica baixa, adoeço por dentro e por fora.

A minha lição de ontem, de hoje e de amanhã será a mesma: Permanecer “forte”! Lidar com os finais.

Não quero ser só uma opção do cardápio dos humanos que consumem almas.

Quero ser a protagonista, quero também poder participar das decisões.

QUERO!

Voltarei a sonhar, a chorar entre as quatro paredes.

Ao acordar, vestirei minha roupa de mulher forte.

E avante!

Avante...