Resiliência

“As circunstâncias são ruins, o momento é difícil, e pede-se calma, muito cuidado em comprar, em gastar, em desperdiçar, em viver.

Nunca se pôde esbanjar, jogar fora, mas, diante de tanto arrocho fiscal, de tanto controle e limitações por parte do setor público, há redução de tudo, começa pela prestação de serviço que antes já era precária: saúde, educação e segurança pública em sua maioria reduzidos. Concursos públicos que começam errados e nunca terminam, e, por consequência, filas e filas de desempregados.

Crises em todos os segmentos e setores da sociedade. Na área pública muita irregularidade e no setor privado muita insegurança, ambas aqui utilizadas como, quase sinônimas, num sentido prático, pois quem já faz parte deles tem medo do futuro e quem está de fora não sabe o que fazer para ingressar; ainda que esteja deste jeito.

Que complicação, um caos social, uma defasagem em todos os segmentos, uma desordem sem precedentes, ou melhor, cheio de precedentes, posto que se analisado o histórico destas empresas ou do próprio setor público, há tempos que isso já acontecia e hoje a bomba só estourou, afinal a brincadeira com o dinheiro público acontece desde sempre, prova é que vai dá trabalho reorganizar o que a vida toda foi desorganizado.

O momento pede, como diz a música de Lenine: “um pouco mais de paciência”, que pode ser traduzida numa só palavra: resiliência- que significa adaptação necessária, ou seja, diante de uma perda você se ergue das cinzas, se remonta, se reinventa, o que induz a outra palavra:empreender. Usadas aqui como amigas-irmãs.

Assim, reinvente-se, reaja à crise, às calamidades. Empreenda, mas planeje esta investida, porque tudo tem um preço e, para os que não brincam com a própria vida, todo minuto é precioso e todo tempo uma forma de investir, investir em si mesmo. Plantar para colher. Aos que esperam agindo, continuem trabalhando, pois o que se herda da vida é somente aquilo que se planta dia a dia, em momentos bons e, principalmente em momentos de adversidade”.